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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

DIFERENÇA QUE OS PAIS FAZEM ENTRE OS FILHOS

Sempre ouvi dizer
que pai e mãe não fazem diferença entre filhos, mas nunca acreditei e a cada dia percebo que realmente a diferença existe. Aquela velha história de que os pais amam todos os filhos iguais não é verdade, ao menos em minha opinião, explico porque penso assim. Em primeiro lugar não conseguimos amar duas pessoas da mesma forma, pois elas são diferentes. Por serem singulares, cada uma terá as suas características próprias, a sua maneira de funcionar, podendo ser mais afetiva ou não, mais atenciosa, mais preocupada com a família, etc.
O segundo ponto que percebo é o processo de identificação, às vezes os pais se identificam mais com um filho do que com o outro, por isso, os tratam de maneira diferente. Obviamente que os pais, na maioria das vezes, não percebem isso, ficando muito incomodados, quando apontamos essa realidade para eles. Geralmente negam e se revoltam com a colocação do terapeuta, tirando o seu filho do tratamento.
Claro que esse tratamento diferenciado por parte dos pais, se dá em nível de inconsciente. Alguns até tem consciência e verbalizam que o fulaninho é mais atencioso com eles, ao passo que o outro só se preocupa com os amigos. Só que nunca param para se perguntar por que o outro só se preocupa com os amigos. Será que esse olhar a mais para os amigos não se dá em função de perceber que existe uma diferença entre ele e seu irmão? Muito dos comportamentos de violência, do uso de álcool e droga na infância e na adolescência está relacionado a isso.
Os jovens se sentem isolados ou discriminados dentro de casa e buscam uma forma de chamar a atenção dos seus pais. Infelizmente, a maioria se vale de uma forma negativa, enquanto outros buscam o reconhecimento, exigindo muito do seu ego, para poderem mostrar aos seus progenitores que realmente são bons. Acreditam que dessa forma, serão aceitos e notados pelos pais. Só que pagam um preço altíssimo para isso, devido o desgaste psíquico que tem. Chamou-me a atenção nas últimas semanas, o número de crianças e adolescentes envolvidos com agressão e uso de arma dentro das escolas. Isso me faz perguntar onde estão os pais? Não é possível que o pai do menino que disparou um tiro na sala de aula contra o colega, não saiba que o seu filho esteja manuseando uma arma e carregando na mochila. Quando falo pai, lê-se pai e mãe.
Citei esse caso, porque fico pensando nesse adolescente. Será que ele queria realmente atirar no colega? Como será que se estabelecem as relações familiares em sua casa? Será que esse adolescente não se desenvolveu vendo a violência imperar dentro de sua casa? Será que ele não é vítima de agressões verbais e físicas? Será que não sofre discriminações ou não é negligenciado em relação a seus irmãos? Tanto será, surge frente a um caso desses, por isso, temos que ter muito cuidado quando vamos fazer qualquer análise em relação a ele. Não podemos sair julgando e afirmando que se trata de mais um delinqüente ou de pais ausentes, precisamos ver todo o contexto em que esse jovem e sua família estão inseridos. O problema não está nas crianças, mas nos adultos que deveriam ser exemplos para eles, mas que muitas vezes, os tratam de forma violenta, agressiva, quando não os negligenciam. A discriminação entre os filhos não deixa de ser um ato de violência para com o diferenciado. Quantas são as vezes que já vi pais repreenderem os filhos na frente dos outros, de não respeitarem a privacidade de seu filho e contarem para terceiros, as suas “intimidades”, deixando o filho muito irritado. Sem falar da forma agressiva com que muitos pais se dirigem aos filhos, apontando-lhes o dedo ao falar e dizendo-lhes coisas pejorativas que ficarão armazenadas no inconsciente da criança ou do adolescente e que carregarão para o resto da vida.
Os pais esquecem ou não sabem o peso que suas falam tem na vida psíquica de seus filhos. Creio que se soubessem, agiriam de outra forma, pois assim evitariam o sofrimento psíquico de seus filhos, permitindo-lhes viverem a vida adulta de forma mais saudável, sem ficarem reproduzindo o lixo psíquico que tem armazenado no inconsciente. Para mim, o importante é que os pais possam refletir sobre a forma que tratam seus filhos e não tenham vergonha de assumir que fazem diferenças.
A partir do momento que conseguirem se dar conta disso, terão condições de pensar e entender o porque, e, quem sabe até mudar sua maneira de agir em relação aos filhos. Não façam diferença,isso também é uma violência!
Alessandra Silva Camargo
Guararapes/SP

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